terça-feira, 17 de julho de 2007

Palavras para quê?


Medalha de Mérito para Antigos Orfeonistas
Já cá canta! Terá sido assim que reagiram, literalmente, muitos dos membros dos Coro dos Antigos Orfeonistas quando o grupo recebeu, ontem, a Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra.Há distinções que tem um significado especial. A medalha ontem atribuída representou o reconhecimento dentro de portas - ou seja, pela própria Academia -, da qualidade demonstrada pelo grupo ao longo de um quarto de século a cantar pelas quatro partidas do mundo.Assim se justifica a emoção sentida por grande parte do colectivo, quando o reitor Seabra Santos entregou o galardão a Luzio Vaz, numa cerimónia restrita que decorreu ao fim da tarde na Biblioteca Joanina.Na ocasião o antigo reitor, Rui Alarcão, fez o elogio do trabalho realizado ao longo de duas décadas e meia, recordando que grande parte dos 16 anos em que exerceu o seu cargo coincidiu com o nascimento e amadurecimento do coro, que se apresentou pela primeira vez em Dezembro de 1980, nas comemorações do centenário do Orfeão Académica de Coimbra, "onde o Coro foi buscar as suas raízes institucionais".Nesta perspectiva é "um jovem coro" considerou Alarcão, mas "com um curriculum impressionante", rematou.Assim, o professor de Direito destacou os mais de 600 de concertos realizados, em Portugal e no estrangeiro, desde Paris a Salzburgo, do Vaticano a Nova Iorque, em instituições como o Parlamento Europeu, o Tribunal Europeu, a UNESCO e a ONU.Além de um LP, gravado em 198, sob direcção do maestro Joel Canhão, o Coro já tem outros quatro registos em cd. O seu repertório inclui perto de uma centena de temas em diversos registos, desde a música sacra à operática e popular.Rui Alarcão destacou ainda a dedicação à causa que "homens maduros, no auge das suas carreiras" têm revelado ao longo de vários anos, muitos deles obrigados a fazer repetidas viagens até Coimbra, onde o grupo faz os seus ensaios, sob direcção do maestro Virgílio Caseiro.Já detentora de medalhas de mérito cultural atribuídas pelo Ministério da Cultura e Câmara Municipal de Coimbra, a instituição voltou a ser distinguida ontem numa cerimónia onde o reitor Seabra Santos, de forma simples, reconheceu a sua admiração pela obra realizada porque "sei apenas que me sou bem", desabafou no final.
[As Beiras, 14/07/2007]
“Embaixadores da cidade e da Universidade”
A encerrar as comemorações dos 25 anos, o Coro dos Antigos Orfeonistas recebeu ontem a medalha honorífica da Universidade de Coimbra. Para Rui de Alarcão, o grupo tem funcionado «como instrumento de reforço do prestígio» da academia«Justa, justíssima». Foi deste modo que Rui de Alarcão classificou a atribuição da medalha honorífica da Universidade de Coimbra ao Coro dos Antigos Orfeonistas. Numa cerimónia na Biblioteca Joanina, ontem ao final da tarde, o ex-reitor da Universidade de Coimbra realçou o «currículo impressionante» da formação, que está a terminar as comemorações do seu 25.º aniversário.«Para uma instituição [25 anos] é pouca coisa. Trata-se de um jovem coro», que, no entanto, tem funcionado como «um instrumento de reforço do prestígio da Universidade de Coimbra», frisou. Basta ter em conta os «mais de 600 concertos» em Portugal e no mundo, as colaborações com outros grupos musicais, as «diversas gravações de qualidade», as consagrações e distinções que tem merecido, entre as quais a medalha de mérito do Ministério da Cultura (1995) e a Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra (2000).«Tudo exprime o alto nível técnico e artístico» dos Antigos Orfeonistas, considera Rui de Alarcão, salientando ainda o «grande sentido interpretativo» e a «dimensão humanística do coro», ao «fazer reviver os ideais de fraternidade, tolerância e sobrevivência que marcaram a academia de Coimbra».A medalha honorífica destina-se a «galardoar pessoas ou instituições que tenham prestado relevantes serviços à Universidade ou que se tenham distinguido por méritos excepcionais». Na perspectiva de Rui de Alarcão, os Antigos Orfeonistas estão em condições de se enquadrar em ambas as justificações. Seabra Santos recua até 3 de Fevereiro de 2007 para relembrar o dia em que, por ocasião de um concerto do Coro dos Antigos Orfeonistas no Casino da Figueira da Foz, deu conta da sua intenção de atribuir a medalha da Universidade ao grupo, dirigido artisticamente pelo maestro Virgílio Caseiro.«Há dias assim», frisou o reitor. E há também «grupos assim, que começam em quase nada» e «cantam a alegria de ter sido estudantes da Universidade de Coimbra», adiantou. Aliás, para Seabra Santos, trata-se mesmo de «um dos mais conhecidos e eficazes embaixadores da cidade e da Universidade», composto por cidadãos que «não têm que provar nada», mas que «encontram espaço» para continuar a cantar Coimbra.E quando fala na projecção da Universidade de Coimbra, aquém e além fronteiras, Seabra Santos destaca ainda projectos como o Museu da Ciência ou a candidatura a Património da Humanidade da Unesco, actualmente, «numa fase crucial no plano do financiamento».Em nome do Coro dos Antigos Orfeonistas, Luzio Vaz, presidente da direcção, agradeceu a condecoração da Universidade, classificando-a de «muitíssimo importante» para a formação.
[Diário de Coimbra, 14/07/2007]

4 comentários:

galifão disse...

foooooooda-se ca ganda texto!!!!

João Barreiros disse...

E eu a pensar que era o único "fala-b(ich)arato"...

Nisun disse...

Eu tambem acho, mas grandes feitos não se podem descrever com poucas palavras.....

Eu resumo:
Ha dias assim.....
Ha cidades assim...
Ha pessoas assim....
e ha córos assim....

Viva o nosso Reitor!...

Nisun disse...

Já agora Mr. Bond, podias colocar umas fotos das gravações deste nosso ultimo bebe que está quase a nascer.

Isso era demais.